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Arquivo 5

Faculdade:

A minha escolha foi bem tradicional, aqueles programas de orientação vocacional e tal.. deu comunicação e eu embarquei nessa… 17 anos, não tinha muita ideia.
Período da faculdade foram definidos por camadas: a primeira camada foram os 6 primeiros meses: só bebendo, para compensar os últimos 8 meses que foram só estudando, eu estava comemorando, celebrando. Eu não teria mais estrutura emocional para fazer outros 6 meses de cursinho, intenso, eu me coloquei num limite muito alto desde aquela época. Foi o período de notas mais baixas. Depois, eu vi que não dava mais pra ficar nessa… e vi que eu precisava trabalhar, pq meu pai já voltou a me encher o saco… eu precisava ter meu dinheiro, pq não estava legal do jeito que estava. Comecei vendendo propaganda de bairro para uma revista da Vila Olimpia. E me dei super bem, comecei a vender uma coisa, vender outra, batia e vendia. Isso no primeiro no. No segundo ano a ESPM só tinha de manhã, então eu tinha que arranjar algo à tarde ou á noite. Aí fui fazer telemarketing da Credicard, da Microsoft… era de vendas, batia todas as metas, ganhava viagens, a venda estava na veia…
A faculdade sempre ficou em segundo plano pra mim, o que valia era a vida como ela é… eu precisava me desafiar, precisava trabalhar pq eu achava desafiador… nunca fui muito de teoria. No terceiro ano eu fui pra noite, sai de CLT da Microsoft para trabalhar na Core do Brasil, como estagiário, trabalhava o dia inteiro, de lá fui para a Kaiser e fui viajar. Pra mim, a prática sempre foi o lado mais interessante da coisa, eu não via muita conexão do que eu aprendia com o que eu vivenciava… No começo eu gostava muito da aula de psicologia, mas a maioria das aulas era chata… não via a hora de acabar… um mau necessário.
Eu gosto muito de prática, não gosto muito de lenga, lenga… eu gosto muito da vivência.

Diferenças entre empreendedorismo e corporativismo.
Muito ego, muita vaidade, mas é muito rico tb… Eu vou nessas grandes empresas e eu me sinto em casa, com os líderes, a linguagem que eles falam, a maneira… eu me entendo muito bem com eles, eu entendo muito bem o mundo deles, apesar de ter a cabeça diferente. O meio corporativo, hoje, para mim, é uma grande empresa que conseguiu uma história de sucesso. Quando eu saí de lá o corporativo era tudo ruim, tinha muito ego, vaidade… mas no fundo, isso tudo pra mim é medo! Quando vc consegue captar as pessoas, tem muita gente boa, competente. Por exemplo, os trainees, com 23 anos e são muito bons, inteligentes, focados, motivados, engajados. Hoje, trabalhar com o corporativo pra mim é muito legal, eu adoro. O meu grande business vai ser conseguir desenvolver o corporativo. Levar esse mindset para o ambiente corporativo vai gerar um impacto violento e o B2C, que foi onde começou, eu enxergo hj menos relevante. Acho que a gente pode chegar em um ponto onde a gente vai ter programas EaD para o B2C, coisas mais escaláveis, assim, livro, enfim, outros produtos mais básicos, vamos chamar assim. Mas eu tenho certeza que a gente tem que gerar impacto no B2B, que está precisando muito de um auxílio e a gente tem uma maneira de auxiliar que da um fit muito grande.

Quando eu tinha a For Insight, ou mesmo o Espaço Educacional, era uma empresa. Quando eu comecei com a Empodere-se, não foi só uma empresa, foi o negócio de uma vida, que eu gosto muito. Amanhã ou depois posso até ter a oportunidade de vender a Empodere-se, mas o mindset, o que eu gosto de fazer, isso vai continuar e vai ser a mola propulsora de um monte e coisas que ainda estão por vir. Essa descoberta foi tão intensa pra mim, que o trabalho e a vida pessoa se misturaram muito. E com, isso, muitas questões da minha vida pessoal também implodiram e hoje, por exemplo, eu quero me relacionar com alguém muito interessante, que eu possa fazer uma troca, senão fica uma coisa: eu vou falar, ela não entende, vc acaba aumentando o grau de exigência… pq eu quero ter alguém para trocar visão de mundo, um ecossistema de vida pessoal. tem uma grande mudança, sim. Quando vc é funcionário, no corporativo, vc acaba se doando, mas a esta hora. Acabou, acabou. As pessoas tem muito dividido. Se é bom ou ruim, não sei, sem julgamento. Tanto pode ser um, quanto outro. Hoje, eu estou mais ciente de que a minha intensidade sempre foi de criar, aprender, explorar, de fazer; e hoje eu quero construir. Tem uma diferença muito grande. Eu estou enxergando o que eu quero construir lá na frente, o legado, o impacto que eu vou gerar, as coisas que vão acontecer...Não dá pra fazer tudo de novo, eu quero fazer no menor ritmo possível, para aprender logo, corrigir, mas entendendo que a gente tem um timing pra fazer, alguma coisas, a gente tem que respeitar. Não adianta ter ansiedade, a ansiedade não vai fazer o negócio acontecer. Pode até fazer mais rápido, mas não necessariamente vai ser bom. Eu tenho uma intensidade natural em mim, mas hj eu gosto dos pequenos prazeres da vida: um bom papo, um bom vinho, sair pra almoçar com a minha mãe e tia…

O que está por vir

O meu futuro e o da Empodere-se: tem diferença? Tem, porque eu quero ter uma família, filhos. Acredito que vai ser uma experiência super rica… educar esse serzinho e vivenciar toda essa situação. Não sei onde vou estar morando, pra mim é indiferente… só não vou me aventurar, apenas para dizer que fui. Ir pra fora só pra dizer que o Brasil é ruim, não.

Verificar o que vai entrar
O futuro Empodere-se: nós vamos virar plataforma, eu quero virar SAS - Software as a Service. Eu quero cada vez mais poder detectar o perfil comportamental que eu coloco para o meu multiplicador, detectar esse perfil dentro das companhias, para que esses caras levem esse Mindset para dentro da comapanhia e consiga uma mudança de cultura mais rápida. Só que, com o meu software dando superte para esses caras, colocando os desafios, mapeando os stakeholders, todo o processo que a gente faz muito bem hj, e recomenda, vai ter um software onde a gente vai poder subir todas as informações. Aí a pessoa tem uma dúvida sobre isso, vai ter vários EaDs pra tirar dúvidas e tal… Esse é um processo que.. como a gente está fazendo um processo mais longo, com a Saint Gobain, tou entregando e tem uma pessoa comigo que eu estou lapidando, eu estou treinando duas pessoas hj: uma que já está comigo, que vai ser o líder dos mentores, que eu confio; e um outra pessoa que eu vou trazer para parametrizar a nossa tecnologia. Ou seja, eu quero extrair desse cérebro e a gente criar facs, através de situações: quando acontecer isso, tem que fazer tal coisa, qdo acontecer aquele outro, fazer assim. Amanhã pode entrar outro mentor e ele vai seguir o método. Pode até ter vídeo meu, mas não vai depender da minha presença física explicando para o cara, como é feito hoje.
Outra coisa é a gente ter um sistema onde tenhamos facilitadores de inovação para garantir o sucesso do cliente.Vc, como esse multiplicador, líder que vai fomentar inovação, vc vai precisar de suporte, vc vai ter dúvidas e eu, como Empodere-se, vou te dar esse subsídio. Então, a gente ainda vai fazer a imersão presencial, isso continua. Mas toda a parte da aceleração vai ser digital, não precisa mais que eu vá lá pessoalmente. O suporte vai ser sinestésito, visual, cada vez mais mastigado numa jornada muito própria nossa; pq cada vez a minha percepção de valor vai aumentando e daí não vou vender mais um projeto, eu vou cobrar por licença. E vou cobrar muito menos o ticket e ganhar muito mais no volume o processo.
Meu objetivo é ter isso implantado até o segundo semestre. Porque aí a gente vai para um patamar cada vez mais difícil de ser copiado, vamos ganhando nosso espaço de maneira mais forte e entrando em tecnologia, para replicar, é mais difícil. Eu consigo registrar software, eu protejo. Porque hj não existe proteção de metodologia no Brasil, jurídica. Estamos indo por um caminho bem estratégico. Minha ideia é ser um facilitador de inovação cada vez mais escalável para as companhias, ser um agente de apoio e dando muito material, EaD, material que não dependa da minha presença física. Eu não quero ser um bom consultor, eu quero fazer um negócio de impacto, que a gente possa atender várias empresas e que seja interessante.

Inovação: IA é fato: muita coisa vai acontecer, muita coisa vai ser automatizada, muitos empregos vão deixar de existir, e muitos novos vão surgir, ligados à economia criativa. Isso vai gerar muita crise, muita resistência por parte da população, mas as pessoas vão ter se adaptar. O mercado corporativo vai mudar muito. Essa improdutividade que a gente tem hoje, pq precisa controlar o youtube de um, o outro fica no cafezinho, outro no whatsapp, isso é improdutividade e isso custa para a empresa. O funcionário não tem noção do que ele representa dentro do contexto. E as empresas vão ter que ser cada vez mais produtivas e pessoas que não são engajadas, de forma geral, não são produtivas, e tende a ter uma limpa muito grande de pessoas e de empresas, inclusive. As empresas que não se atualizarem, que não criarem métricas de produtividade efetivas, engajamento, e não olharem esse lado humano, o lado do coeficiente de tesão, conectado com habilidades comportamentais e inteligência emocional, eu acho que muitas empresas grandes vão morrer e muitas startups vão pegar o lugar. Segmento financeiro: blockchain, bitcoin… muita coisa vai acontecer. vc vai começar a trafegar as transações sem ter intermediários, sem banco para operar, onde todos ganham com isso: população com acesso a muita coisa, com um custo muito menor. Antes vc tinha o taxi, o ônibus, o carro. Hoje vc tem o Uber, o Cabify, 99… o custo do deslocamento vai diminuindo cada vez mais. A gente vai interiorizar muito as tecnologias no nosso dia a dia. Hoje, como o celular é comum. Esse relógio, por exemplo, pega meus batimentos cardíacos, sabe a hora que eu estou dormindo, eu tenho metas de passos por dias, que ele monitora, tenho metas de peso, sono… IoT, wearables… geladeira com os alimentos, aciona o supermercado.

Eu não vejo como assustador, eu vejo claro como o dia. É muito tempo que eu vou deixar de gastar, isso vai facilitar a minha vida. Zero de assustador. Nós todos seremos chipados, como já existem nos cachorros. Eu tenho certeza de que eu não vim pra falar muito de passado, eu vim é pra falar de futuro. É algo que me fascina. Carro autônomo… são coisas óbvias.

As outras atividades serão ligadas à criatividade. Se o seu problema é acordar cedo, vamos pensar um projeto que te ajude nisso, que ajude as pessoas, que te faça acordar bem, não com um alarme… isso é um business que vai ser criado. Cada problema é um business que ainda não foi criado. Mesmo as grandes empresas vão ser hubs de soluções. elas vão estar ligadas e vão solucionar vários problemas. Ao invés de eu criar produtos e empurrar com marketing, manipulando as necessidades e desejos das pessoas com psicologia, eu vou entender a dor do usuário e eu vou resolver isso pra ele, abrindo um negócio. Reconhecimento facial, como no Facebook, snapchat…
Vc vai ser reconhecido pela sua íris, entende seus hábitos. Hj, por exemplo, na sua gôndola, vc já sabe quanto tempo o consumidor para lá na frente, qual a temperatura… várias percepções, ainda rudimentares, mas que vão trazer uma percepção super interessante para o meu business. Amanhã isso vai entrar num nível de sofisticação absurda.
O que é o big date? É o cruzamento do meu comportamento. tem o lance da privacidade, mas eu acho que cada vez vão vir sugestões mais adequadas ao meu perfil. Claro que, se eu não tiver um autoconhecimento, se eu for um cara impudente, se quiser gastar muito… mas não vai ser a tecnologia que vai fazer eu gastar mais…
Eu acredito que vai ter um dashboard onde eu consigo identificar suas paixões de forma muito mais rápida, onde eu vou ter ações muito mais acertadas.
Medo dos dados expostos: o que as marcas querem? performar. Com toda essa informação, elas terão muito mais acertos do que apenas tentativas, vão saber quem é o público delas..
Filme: Her O cara de olho claro que fez o Gladiador… para o site

Realidade aumentada: vários exemplos

Velocidade do padrão de interação: me conecto com o outro lado do mundo instantaneamente.

Shows, como se entrasse no show através de gadgets.

Não adianta querer combater a inovação, o melhor é se adaptar.

Quando percebeu que ia dar certo.
Empodere-se: começou num processo onde teve uma descoberta muito forte minha no core business do negócio, diferente dos outros negócios. Começou da sensação de que eu sou muito bom nisso, de que eu posso criar um negócio com isso, é a pontinha do iceberg, ninguém está vendo isso. Eu tive a possibilidade de ver isso muito cedo e aquilo mexeu comigo de uma maneira que, talvez não mexa tanto nas outras pessoas. Primeiro teve uma percepção, totalmente sensorial, nada objetiva.
Depois disso, foi a comprovação da primeira turma, que era um protótipo. Foi a comprovação que eu tive, depois de tanta pressão… essa busca por acertar é muito dolorida. Quando eu concretizei a proposta de valor da entrega e vi que tinha um impacto altíssimo.
terceiro: quando a gente percebe profissionais, líderes, percebendo valor no seu negócio. Vc convida alguém importante e ele aceita ser seu jurado, líderes de grandes companhia reconhecendo o trabalho: vários exemplos aqui…
Resumindo: Primeiro a percepção pessoal, pq teve um impacto pessoal muito grande, na minha mudança de mindset.
Depois, o impacto da primeira turma, que foi o protótipo.
Depois, trazer grandes player para próximo.
E o reconhecimento de grandes pessoas.

Antes do negócio, eu mergulhei no método, eu queria experimentar essas abordagens para mim, para validar negócios, projetos, para me desconstruir.

Eu sou o cara da realização, da transformação. Eu vejo o agora.
Cases para o livro: os que ele já falou...
Uma grande empresa do ramos de tal...

O que eu mais desejo é ver realmente a prática do eu estou difundindo!





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Transcrição - faixa 4

Sobre a palestra:

Começo assim: quando era pequeno a gente era assim: bonitinho, aí cresce, fica um adolescente estranho e tal… Aí eu conto a história do meu pai que era muito rígido, que queria sempre que trabalhasse em boas empresas e tal… estudar muito, ter boas faculdades… era a técnica de sucesso. Aí eu falo da minha carreira… passei na ESPM, tive uma experiência fora, fiz um mochilão e acabei estudando um tempo fora do país, trabalhei em grandes companhias. Tive alguns cases de sucesso no mercado publicitário, esse foi um case com a Unilever, premiação da Trip. Para o mundo, ia tudo muito bem, obrigado. Mas aqui na mente, as coisas não estavam tão bem acertadas.
A saúde também, eu tive problemas de saúde bem complicados na época da Trip, nessa intensidade toda… eu sou ariano… e áries é bem intenso. Então, cheguei a ter 13 quilos a mais do que eu tenho hoje, eu tive uma urticária que eu fiquei um ano coçando, não conseguia descobrir do que era, o que desequilibrava meu corpo. Fui em vários médicos, foi um negócio super complicado. O stress fez o meu corpo produzir alguma coisa ou muito acima ou muito abaixo… no começo, quando vc está com alergia, é um negócio muito complicado… vc vê qto que vc é rato de experimento… para de comer isso, aquilo, e continuava coçando… tomando corticoide, fiquei super inchado e eu fiz um exame que deu assim, tudo alterado: triglicérides, cálcio, sódio… o médico falou pra mim que eu tinha uma idade física de mais de 50 anos. 55! e eu tinha 30 nessa época. Aí vc começa a repensar, pq eu estava seguindo o que, teoricamente, me diziam pra fazer, só que o mundo vendo de uma maneira e aqui dentro outra. E até na palestra eu dou bastante enfoque a esse lado: eu preciso questionar mais as coisas, tudo isso… eu sei o que eu não quero, eu não sei o que eu quero.

Então, quão difícil é esse momento, de vc buscar algo que faça realmente sentido e aí então, começa o meu sabático, onde eu tive a oportunidade de mergulhar em uma série de abordagens de inovação, como DT, Business design, Ciência das redes, UX. Com algumas pessoas bastantes interessantes que passaram por essa jornada. Eu falo da reconexão do processo criativo, quanto que isso ficou adormecido, desse empoderamento.. sou criativo pra caramba. Vc poder reconhecer isso é uma coisa muito legal.

Fui para NY, estive presente no Google, peguei a 3ª maior nevasca…

O mundo está mudando… esse filme do Chaplin é a sátira do mundo moderno… aí eu pergunto quem de vcs produz muito bem logo de manhã cedo? Alguns respondem, quem produz logo depois do almoço. E quem produz as 16, 17, e à noite? E de madrugada? Aí eu brinco que tem muita gente que não sabe produzir em horário nenhum… que tem que trabalhar o autoconhecimento… E aí eu falo: vamos ver se eu entendi, gente: vcs entregam atividade intelectual, certo? Vcs trabalham na linha de montagem? Não… Então.. eu entendo que o seu chefe, quando te contratou, a primeira pergunta que ele te fez foi essa: aí vc falou que trabalha muito bem à noite, aí montaram um horário pra vc, vc tem umas entregas, vai ter que me trazer isso, vc vem trabalhar à noite. É assim, não é, gente? Não! claro que não… Vamos imaginar que chegaram uns marcianos… homenzinhos verdes e vc precisa contar como que a gente funciona, como que a gente trabalha, nossa jornada educacional, vc estuda, depois faz o vestibular, e aí vc vai trabalhar num horário que vc não produz, vc pega um transporte público super eficiente, tranquilo, vc demora 2 horas pra chegar no seu trabalho, para chegar, sentar e trabalhar num horário que vc não gosta de trabalhar. Então, acho que é um momento bom pra tomar um cafezinho, né? Aí a gente levanta e vai tomar um cafezinho e quando a gente vê tem várias pessoas tomando um café, porque tem muitas pessoas que tb não trabalham bem naquele horário, então a gente aproveita para dar uma conversada, atualizada. Aí a gente volta, um pouco com sono e vai… até quando? Essa conta não vai fechar! Essa improdutividade custa para a empresa e para os profissionais tb, pq vcs não estão, efetivamente, produzindo e isso faz com que vcs não se desenvolvam tanto.. e isso está custando para a empresa, que está pagando seu salário… isso não é sustentável.
Mas qual é o modelo ideal? Não tem o modelo ideal. eu acredito em modelos adequados, criados para aquele segmento, aquela empresa e vc vai testando e lapidando, depois vc pode construir boas práticas a partir de uma série de experimentos: home office, horários alternativos, vc aproximar coisas que vc gosta, como criança, pet… vc testa várias coisas e vê o que funciona ou não para o seu segmento. Mas quem tem que determinar isso é vc e os seus gestores, pq no fim das contas, vcs querem a mesma coisa: gerar produtividade. Não é pq eu tenho permissão de entrar no Facebook, por exemplo, que eu só vou ficar no Facebook. A gente precisa mudar essa coisa de ter alguém me controlando: o bedéu! e para a empresa tb não é bom, pq a entrega não está acontecendo. A empresa não está recebendo, não tem uma produtividade no serviço e está pagando. E custa! Ainda mais com a linha trabalhista de hj, custa muito! O salário de 10, custa 20! O de 20, custa 40!
Inovação, segundo o nosso dicionário é a ação de inovar, o que é novo, novidade. A definição de inovação não é nada inovadora, ela é bem literal. Segundo Peter Drucker, o maior elogio que uma inovação pode receber é haver alguém que diga: Isso é tão óbvio, pq eu não pensei nisso antes? E essa é a definição que eu mais gosto sobre inovação. Porque inovação é simplicidade, inovação é um caminho novo que, até então, não era descoberto, mas é tão simples e efetivo que a gente vai começar a usar. como era a nossa rotina antes? vc conhecem o Waze? Acho que hj, quase todo mundo usa o waze. Há 5, 7 anos atrás não existia isso. Parece que é inconcebível a gente pensar num mundo antes do waze, principalmente nas grandes cidades. Em outras épocas, tinha que ver a lista de ruas, abrir o mapa e tal… são soluções inovadoras que vão mudando os nossos hábitos. Inovação é isso: algo que é feito para resolver com maior eficiência e, por resolver, ele é imputado na sua rotina. Simples assim. A gente, às vezes, não tem consciência da rapidez que os nossos hábitos estão sendo influenciados.
Eu tenho 37 anos, quando eu passei na faculdade, eu tinha 17 ainda, só que pra mim foi um marco tão grande e pro meu pai… No dia que ele me pegou na ESPM: ele disse: tou com uma sensação de que vc não passou… poxa, eu fiquei 8 meses estudando, não fala isso… E quando eu passei, meu pai ficou tão feliz, tão orgulhoso, que ele comprou um carro de um amigo dele, que era um Scort XR3 vermelho, e o carro ficava parado, porque eu era muito caxias, eu tinha que esperar os 18 anos, pra fazer carteira e tal… e eu dava partida nele todo dia e tal… o carro, para o homem, daquela geração, era um símbolo de liberdade, de poder…
Em março do ano passado eu bati meu carro lendo mensagem. Fiquei com o meu carro 45 dias na garagem para arrumar. Aí comecei a peguei Uber e vi que eu conseguia ir trabalhando e alguém dirigindo pra mim. Eu comecei a ter consciência do meu custo por deslocamento. Porque quando tem um carro, tem o IPVA, combustível, seguro, estacionamento, multa… e vc não faz a conta, são tantas variáveis que vc nem consegue… Fazendo as contas eu vi que não fazia sentido, não valia a pena financeiramente. Durante a semana ficou muito melhor para trabalhar e final de semana, que eu queria tomar um vinho, tb não podia dirigir… então, realmente… Aí vendo esse custo por deslocamento, eu vi que eu estava me deslocando muito, eu precisava me deslocar menos. Aí eu mudei de casa. Aí meu carro, tive que voltar a dar partida nele, pq eu não usava, e arriou a bateria. Ainda deixei o carro um tempo para ter a certeza de que eu não precisava e de que eu não me arrependeria. Quando eu vendi, estava sacramentado… e eu já estava morando aqui. Hj eu moro perto do trabalho… primeiro ano sem pagar IPVA. Tudo bem que eu tenho hoje uma abertura diferente do que eu tinha, mas eu vejo que essa nova geração já vem nessa pegada, eles não querem carro, eles preferem experiência, uma viagem, um serviço… é diferente. E a gente tem que olhar pra isso… hoje em dia a tendência é um carro automatizado, que vai ser usado como serviço, não mais como meu carro. É a intersecção do tecnicamente possível, financeiramente viável e desejável. Nós somos treinados muito bem para os dois quadrantes de baixo… Hoje a gente entende a percepção do desejável, do problema, através do olhar dos stakeholders, dos atores daquele ecossistema e só vale a pena eu detalhar nisso, se eu entender que isso aqui é legítimo, senão eu vou perder o meu tempo, fazer um monte de cálculo, um monte de coisa e na hora de aplicar… hmm, mas o mercado não quer isso, meu cliente não quer. Então, primeiro eu tenho que começar aqui, lapidar muito bem o desejável, aí eu dou um exemplo na Inovação e dou um zoom no DT, falando um pouco de empatia, colaboração, de experimentação… trago o exemplo do goleiro. sabe aquela história de eu, eu, depois no máximo meu núcleo familiar, de sucesso… é o oposto da empatia. Agora eu estou pensando no outro, em desenvolver soluções para o outro. Precisa gerar ganha ganha com o outro. A gente toma um monte de decisões com base no nosso background, na minha formação, na minha visão de mundo, nas minhas certezas e, de repente, agora, minha certeza não vale tanto. Como é essa desconstrução dessa percepção, essa desconstrução da vaidade, de uma zona de conforto. Se a gente quer criar soluções de impacto, no mundo em alta transformação numa área social, a gente vai ter que utilizar esses métodos para ser mais eficiente.
Aí: 8 passos para implementar cultura de inovação na sua empresa:

1 - mapeie e aproxime do seu ecossistema: dou exemplo da bike… vi problemáticas, depois eu modelo a solução, olhando para o ecossistema, modelando o ganha ganha.
2 - não tome decisões como na área do conhecimento. Não adianta reunir meu board com os melhores certificados, phd, o risco é muito grande! Enquanto dava certo, beleza, não é mais eficiente. A gente precisa entender isso, aproximar desse ecossistema e daí eu conto o case da nossa farmacêutica. Era uma doença rara e crônica, do sangue, e a aplicação era como se fosse uma insulina. E a do concorrente era via oral. Qual a percepção da indústria? as pessoas tem medo de injeção, nós precisamos ensinar a aplicar essa injeção melhor. Na hora que a gente fez o programa de inovação e trouxemos os stakeholders para próximo, para eles convergirem, entendendo, de novo, como a gente pode melhorar a qualidade de vida dessas pessoas que tem essa doença, porque, no fim das contas, as pessoas tomavam o remédio com esse propósito. Essa era a proposta de valor. Aí nasceu um dos projetos muito simples: uma plataforma colaborativa. Porque a doença era tão rara que eles demoravam, em média, 9 meses para diagnosticar corretamente. Muitas pessoas perdem a vida, uma delas quase perdeu a vida, que estava com a gente. E ele falou: pra mim, é indiferente se é intravenoso, se é oral, isso não é relevante. O que eu preciso é ter um diagnóstico rápido, correto, para eu sofrer menos. E aí entrou a plataforma colaborativa, com toda a informação necessária sobre a doença. E cada vez que um novo paciente contava como descobriu e tal, um médico também compartilhava essas percepções, toda essa informação com a curadoria dos médicos dessa doença, com o board que estava com a gente. Então, eles falaram, eu faço a curadoria com todo o prazer do mundo, vai ser muito bom. Esse é um projeto by farmacêutica. Qual é o impacto disso no aumento do share depois? Eu estou gerando um oceano azul, construindo uma coisa que vai além. A indústria, a visão do produto, só. Na hora que eu entendo a dor na raiz, eu tenho uma solução, tecnicamente, super simples.
3 - Tenha grandes mentes por perto. Foi uma coisa que eu aprendi na minha carreira, é que vc tem que aprender, vc tem que ter gente melhor que vc perto de vc. Eu sei que eu não sei, então, como que a gente pode fazer isso? Usando, por exemplo, o mindmaster, que é uma plataforma gratuita, colaborativa, até 3 mapas, onde vc vai mapeando seu networking. Por exemplo, eu faço MBA, com fulano, sicrano… no meu trabalho tem as pessoas tais. Eu fui num evento, conheci pessoas tais. Então vc vai montando essa rede de uma maneira bem visual. E vc pode falar: essa pessoa aqui, é uma pessoa estratégica? De quanto em quanto tempo eu preciso ligar pra ela ou encontrá-la? Uma vez a cada 6 meses, pelo menos. Então vamos criar uma agenda, com uma cor para 6 meses. Essa outra pessoa é muito relevante, criamos uma cor para 3 meses. Essa outra, uma ligação a cada 8 meses, acho que está ok…. aí vc vai criando os padrões, vc olhando isso como um grande dashboard e vc vai saber como está gerindo essas relações. Relação é nutrição! Mesmo numa relação pessoal, se vc deixar de nutrir essa amizade, vai morrer… Então, é preciso ter consciência do que vc estão fazendo: aqui hj vcs estão criando o networking de vcs, ampliando o padrão de interação de vcs. Só que, se vcs não fizerem algum tipo de trabalho de gestão disso, muito possivelmente isso vai se perder. E aí eu dou o exemplo de alguns parceiros, alguns jurados, que tiveram conosco nesses quase 3 anos de Empodere-se. Tivemos a Paola, a Chieko Aoky, temos o Rick… por que que a gente conseguiu fazer isso? Primeiro: ousadia. A gente tem que entender porque: a minha proposta de valor é bacana? Então vamos comunicar isso para o mundo. Às vezes a gente fala: eu sou muito pequeno, mas é legítimo? é bacana? Pode ser que aquela pessoa superimportante possa achar superinteressante a sua proposta de valor. Segundo: nutra isso, depois.
4 - Observe pequenos detalhes para encontrar soluções: aqui eu falo do desafio da longevidade. Quando ele olhou as pequenas questões, ele criou um projeto super atrativo. E não foi só olhando o business, eu tive que alcançar a emoção, do maduro, pegar um traço emotivo para construir um projeto com personalidade incrível, super específica e que tem tudo para dar certo. Faça, erre logo, aprenda e corrija rápido. Quais são os principais ativos do Século 21? Tempo, dinheiro - capital financeiro é uma coisa muito importante - nós estamos matéria, precisamos dele; energia, resiliência. As constantes decisões que nós tomamos ao longo do nosso dia, pequenas e maiores, isso é superimportante. como saber se esses recursos todos estão sendo bem aplicados? Como? A gente pode ter uma lâmpada mágica (e se vcs tiverem me avisem, pq eu estou louco pra falar com um gênio, estou precisando muito resolver umas questões); a gente pode tb contratar o Mick Jagger, sabe aquela concorrência, gente? E fazer ele vestir a camisa do nosso concorrente e ficar torcendo bastante… e dá uma quebrada, uma descontraída. Ou então a gente pode começar a entender esse método ganha ganha, essas abordagens de inovação e realmente levar isso para o nosso dia a dia. E aqui eu vou dar um exemplo pra vcs, um executivo que nos procurou para validar um protótipo, uma plataforma 3D e falou: Gabriel, esse modelo de inovação, será que serve para isso? Aí convidamos a maior empresa do ecossistema, foram a campo e perceberam que o modelo B2C não funcionaria. Mas tiveram um grande insight: que via B2B teria uma grande oportunidade. Aí tivemos um board de presidentes para validar isso e hoje essa startup está rodando. O feedback dele foi esse e ele salvou tempo, capital financeiro e energia, que foi um dos itens da maior relevância, na visão dele. E conseguiu ajudar no direcionamento das decisões. Isso é o nosso método ganha ganha.
5 - Empodere sua equipe: tem um vídeo: veja no site…. quantas vezes nós, nossa equipe, estamos presos numa escada rolante e não agem como elevador? às vezes vc precisa fazer uma apresentação para o cliente e vc não pode errar, e aí vc deixa para a última hora, posterga, no final era uma coisa que vc podia ter resolvido em 1, 2 horas, demorou 2, 3, 4 semanas e ainda perdeu a última madrugada, virando a noite. A gente tem algumas dicas para fazer isso que é: coloque o guardião do tempo: horários, dias, muito determinados para término de fases, porque isso vai dar um senso de urgência para o processo. Estabeleça regras de brainstorm para a sua equipe. Ou seja, construa junto com o outro, não critique nem julgue… e peça perdão, não peça permissão: se vc está querendo estimular inovação na sua empresa, não adianta vc chegar e falar não para tudo. Senão vai continuar tudo como está. é uma dica bem extrema, mas o que vc tem vontade de fazer, vc vai lá e faz. Se alguma coisa não for legal, alguém vai falar. Aí vc pede perdão, corrige e nisso vai ter muito aprendizado e muitos insights para a companhia. Ex.: um projeto num Empower weekend, que o desafio era de levar arte e cultura para a rua. Eles fizeram um projeto que era para levar blues, jazz e eles iam fechar a principal avenida da cidade, em Minas. E eu falei: vcs conhecem o prefeito? Vcs precisam trazer o stakeholder dominante, quem autoriza o fechamento disso. Ou então muda o projeto. E o grupo, não satisfeito, foi atrás, num domingo, não sei quem conhecia e conseguiram falar com o prefeito, levaram o projeto e o prefeito assinou e eles conseguiram fechar tudo num domingo. Aí entra: não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez. A gente cria bloqueios e não explora essa zona de desconforto, esse desconhecido, e a gente fica preso na mesmice.
6 - Estimule a criatividade com quebras. Quebras de espaço: menos begismo, menos empresas beges e mais e empresas com espaços de interação. Essa é uma empresa que a gente fez mentoria, para a Endevor, olha o espaço de interação que existe. Quer dizer que a gente vai ficar jogando ping-pong o dia inteiro? Claro que não, a ideia é gerar quebras e que isso possa navegar junto com performance. Ex.: A gente usa muitas técnicas de gerar quebra para o sensorial, ativando a memória da infância. Agora eu quero que vc e a pessoa ao seu lado dêem as mãos e eu quero saber quantas vezes vcs conseguem atingir o objetivo com a queda de braço, vc e seu colega usando a máxima força. E fica todo mundo degladiando e alguns sacam a ideia: vc precisa vencer o braço de ferro: então vamos fazer juntos: eu venho pra cá agora, vc deixa, depois vc vem pra cá. Através da colaboração que a gente conseguiu atingir o mesmo objetivo! Ninguém falou que para um ganhar o outro precisa perder. Tento trazer isso numa palestra, para gerar quebras com humor e com o sinestésico. E eu falo: a gente teve um case muito legal com líderes de agências de propaganda, vc vê que tem alguns de cabeça branca aqui e são pessoas, em geral, vaidosas, bastante egocêntricos e isso faz parte do segmento. Mas no processo, eles pareciam estudantes, o nível de envolvimento deles, isso é muito bacana de se ver e independe do público. É possível! Todos nós, um dia, fomos crianças e às vezes a gente precisa gerar quebras. E tem um propósito, como alicerce, aí eu conto um case que a gente visitou no Brooklyn, em NY, onde tem dois irmãos que contam a história do projeto deles, como cada um se conectou ao chocolate, foi uma paixão etc. Eu estive com um deles e eu tive a oportunidade de conhecer a história deles a fundo e é muito interessante pq, a loja deles é integrada com a fábrica. Então ele pega o cacau e explica: esse aqui é da Tanzânia, esse aqui é de não sei onde… Já comeu cacau? Não? Experimenta: que coisa horrível… e vc vai entendendo… e ele vai falando da qualidade, que eles tem a preocupação de cada um dos produtos, a matéria prima, a origem, como isso foi produzido, uma produtividade com trabalhadores… E aí vc vai degustando: agora vai entrar o sabor, quer provar? e vc vai entendendo essa jornada de transformação da matéria prima em chocolate. E como eles fizeram a distribuição disso? As lojas deles são poucas, mas eles tiveram um posicionamento ligado ao propósito, que é o seguinte: como eu tenho essa linha da cadeia limpa e essa jornada é muito aberta, eles fizeram parceria com a Shake Check, uma das maiores redes dos EUA, está incomodando muito o McDonald’s, como se fosse um fastfood premium, onde o posicionamento deles é que a cadeia deles é limpa. O boi é um animal que não sofre nenhum tipo de violência, vive livre, o lugar é agradável, parece um bar… não tem a coisa do bege, de vc querer sair logo e tal… A abordagem é no usuário. Então, essa é uma parceria por proposta de valor: eu me reforço através de um parceiro que tem uma cadeia pronta, e um reforça o propósito do outro, complementa, ganha ganha.
Nosso porfolio que mudou, agora virou os Empowers, aí eu conto o case da Atlas Schindler, que a cliente diz que se sente funcionária da Atlas, e eu falo que o mundo está mudando: tinha uma turma que falava que esse negócio de computador era vintage, que essa profissão de datilógrafo nunca ia acabar, eram 3 gerações fazendo isso. Então, os taxistas tb, acharam que o Uber era uma baboseira, ou então, na hora que começou a da certo: vamos quebrar, vamos partir para o pau… e foi, talvez, a maior ação de marketing que eles fizeram para o Uber. A IA veio para ficar. Não adianta vcs ficarem brigando, sindicato, aliás, a alternativa é de vcs, vcs são livres pra fazerem o que vcs quiserem, só que eu acho que esse caminho vai ser muito mais sofrido, como a última família de datilógrafo. A ideia é vc entender que tudo o que a máquina puder fazer e fizer mais rápida e mais eficiente que vc, ela vai fazer. Atendimento: Whatson, da IBM, daqui a pouco não vai mais existir, o telemarketing vai ser totalmente programado, vc está falando com a máquina, achando que está falando com a pessoa e ele vai te dar um nível de detalhe, de especificidade, ela vai te compreender muito bem, suas emoções, se vc está nervoso, calo, como ela vai usar o tom de voz, e vai ser muito mais eficiente, e muito mais barato que a parte trabalhista que hj a gente tem. Mas são só profissões operacionais? Não… cirurgião, que é uma profissão extremamente sofisticada e tal… tenho certeza de que vai chegar um momento em que as pessoas vão se espantar se alguém ainda for operado por um humano: mas vc está louco? porque hj a gente já tem máquinas dando suporte aos médicos, daqui a pouco ela vai ter muito mais precisão. A máquina não tem noite ruim, não tem cansaço… tem muito mais acesso à informação. Como carro: vc vai dirigir um carro? Pq, vc é vintage? Não vai mais ter necessidade..
Então, quer dizer que a gente acabou? Não! Tem uma coisa chamada economia criativa, e muitas profissões que já estão surgindo, vão continuar surgindo. A gente tem é que trabalhar o autoconhecimento: quais são as minhas potẽncias, minhas dificuldade, como eu posso identificar tarefas que estejam colocando as minhas habilidades em alta? Não esquecendo do potencial criativo que nós tínhamos quando nós éramos crianças. Nós éramos criativos à beça e nós paramos de ser por uma série de questões. E que a longevidade é um fato: se tudo correr bem, nós vamos chegar aos 100 anos. O que a gente deseja, como Empodere-se, é que vcs possam olhar pra trás nessa fase e ver que vcs fizeram sua história e que valeu à pena esse legado que eu deixei.

Essa palestra foi montada com a Silvia Patriani. Eu já tinha muita coisa, aí ela me ajudou a dar um tom menos comercial. A gente entrega muito conteúdo, só que tudo embasado com os nossos cases. Isso é legal pq reforça que eu não estou falando alguma coisa só pq eu li um livro e, ao mesmo tempo, cria um desejo da pessoa sair e… tem um monte de passos, mas, como fazer isso? Não tem como eu conseguir ouvir isso e já sair fazendo, mas ela sai satisfeita com o conteúdo e, naturalmente, um link de confiança começa a se abrir, por isso que é um produto nosso estratégico, quando vc leva isso para líderes, se torna um super link pra gente continuar essa conversa possível, de repente ir para o Summit, ou ir para o Weekend e para o Business. A ideia é que tenha essa palestra contextualizada dentro do Summit, inclusive, seja um dos pontos de contato pra gente fortalecer.

A visão que eu tinha de inovação era de que era para quem trabalhava com tecnologia. A tecnologia era a inovação aparente. São caras tecnólogos, especialistas e hj eu vejo que inovação, na verdade, são especialistas em gente. NA hora que eu entendo problemáticas humanas, eu investigo, é óbvio que, muito possivelmente, eu vou ter que ter técnicos, que entendam de tecnologia e tenham um conhecimento técnico, mas não são desses caras que vem. É de gente que realmente consegue entender pessoas. Eu enxergo hoje a inovação invisível, uma inovação percebendo e entendendo problemáticas, pessoas… e antes eu enxergava apenas a solução pronta, como um aplicativo… a Inovação hj é muito mais ligada a pessoas, ao intangível, do que ao tangível, tá na frente, com o projeto pronto. A inovação está ligada à sua desconstrução das certezas do mundo, das suas opiniões formadas sobre tudo, para que vc tenha a capacidade de investigar o problema, e pessoas, sem julgamentos. Porque o seu julgamento vai atrapalhar muito o processo. E isso é uma desconstrução que, para cada um, pode demorar mais ou menos, mas é fundamental para vc entender uma problemática e poder desenhar, através de uma percepção clara do problema, para mais de um player, como se modelam soluções que sejam ganha ganha.

Vc precisa estar sempre aprendendo com pessoas que sabem mais que vc. Num primeiro momento, elas te ameaçam, mas cultive essa relação com elas, aprenda com elas. Mas não endeuse elas, não as coloque como figuras de deuses, gurus. Existem bons projetos, pessoas extremamente inteligentes, extremamente interessantes para compartilhar, mas não olhar aquilo como uma referência de um pronto, de um sucesso. São coisas distintas.

Eu gosto muito da linha do Tales Gomes, criador do Easy Taxi, que fala de ganha ganha, modelagem de negócio, tamanho de mercado, como modelar uma startup, que vire unicórnio, possivelmente. Ele falou tb da Singu: um mercado enorme de manicure nos EUA. Eles perceberam que a manicure ganhava um percentual muito pequeno, a maioria do lucro ficava com o salão, sendo que o vínculo da cliente era com a profissional, não com o estabelecimento. Em cima disso, ele criou esse sistema que cuida da agenda da manicure, de acordo com localização. A manicure ganha mais, sem mexer no preço do mercado, e ele ganha um taxa… A gente precisa conectar as manicures e, como eu estou cuidando da agenda dela, sei da localização e dos pagamentos. Se alguém jogar fora das regras, ela sai da plataforma.

Rony Meisler, criador da Reserva. Eu ouvi uma palestra dele nos EUA. A cultura da empresa é muito forte na Reserva, de vc querer realmente fazer uma coisa diferente, de uma maneira bacana, de entregar uma marca jovem, tem todo um dna que a corporação, os colaboradores respiram aquela cultura. De alguma maneira, isso chega para o cliente final, a percepção de uma marca, aí ele mostra um vídeo (achar para colocar no site). O país tem questões tão sérias, que a gente resolveu fazer uma ação de marketing em cima de algo que a gente vivenciou…

Flávio Augusto, da Geração de Valor, criou a Wise Up, ele é dono de um time de futebol dos EUA. Pesquisar a história dele. Meusucesso.com é uma plataforma que ele chama os empreendedores para contar a história deles. Inspira empreendedores através da plataforma. Produções cinematográficas sobre empreendedores de sucesso. Ele comprou um time de futebol e enxergou o potencial disso, trouxe o Kaká e tal…

A estratégia do Oceano azul. livro.
A visão sistêmica da vida, Kappra. Ciência das redes e me agrada bastante…

Eu penso que a experiência tem que ser de dentro para fora, que eu tenho que ser legítimo na maneira de ensinar alguém com base no que eu vivenciei. E com muita responsabilidade, por ex. a mentoria que eu dou hj, eu tenho um cuidado muito grande do que falar e como falar. Não quero ser visto como uma referência de sucesso ou guru, cada história é única. Eu procuro realmente a ter esse lado da empatia, principalmente por conta da responsabilidade que as pessoas começam a depositar em vc. O que eu passei com os meus mentores, uma coisa é ter a certeza dos métodos, de como é eficaz, outra coisa é dizer faça isso ou aquilo. é muita responsabilidade, posso dar uma opinião com base no meu contexto, mas é complicado dar um direcionamento para alguém…

Entra muito nos filmes, odeio filme de terror, mexe comigo. Amo drama, histórias verídicas, personagens complexos, isso me fascina. E gosto de filmes futuristas, como Matrix. No começo da DTW, eu me sentia como se eu estivesse me desplugando da Matrix, eu seguia a vida como alguém falou que tinha que ser feito, de repente, eu despluguei e comecei a prototipar, fazer, errar, acertar. E foi um caminho muito tortuoso, que me custou muitas coisas, mas que me trouxe uma visão de que: enquanto todo mundo está ali, vivendo a vidinha… de repente a gente consegue ter uma visão de fora e perceber que eu estou fazendo iao por opção, enxergando que vc não é escravo de um sistema, que vc pode fazer escolhas. No final, eu mostrava um trechinho do filme mostrando a parte da pílula azul e vermelha...Mas aí teve um cara que plageou o DTW todinho, inclusive o lance da Matriz. Fiquei puto, pq o nosso negócio é tão intenso que eu preciso fazer alguma coisa que a não possa ser remetida, ligada, aos símbolos. Parei de usar Matrix e as pílulas.

Acredito que muitas pessoas não estão preparadas para inovar. Elas vêem a grama do vizinho e pensam: é mais bonita, vou copiar, até um momento que todo mundo quebra, pq se tem muito mais oferta do que demanda. E aí foi onde eu vi que eu precisava mudar, descolar o DTW, mudei para o Empowered, descolar de concorrência. A minha proposta de valor é muito maior, intangível, então não posso ficar escravo de alguns símbolos que sejam facilmente copiáveis, para que eles confundam a cabeça do interlocutor de que nós somos iguais e nós somos mais baratos. Aí, quando eu fui para o B2B, ficou mais difícil ainda de ser copiado, pq a percepção de valor é ainda mais complexa… onde vc gera ROI - return of investiment, resultados complexos. uma coisa é dizer que precisa modernizar o ambiente, melhorar a colaboração e tal… isso é certo, mas garantir uma mudança de mindset e conectar isso com o dia a dia do corporativo, é outra coisa. Por isso fomos migrando para esse posicionamento.

Quem surfa na onda do outro é pra pegar jacaré… a moda essa, eu ganho um pouco de dinheiro, mas a entrega é rasa… vc tá sempre surfando marolinha, mas não está na sua grande onda!

Eu tenho 2 exemplos muito fortes na minha vida: o meu pai, que sempre foi um cara muito rígido, e eu sempre fui muito combativo, batia de frente… na adolescência foi uma relação muito tumultuada e complicada. Tanto, que eu saí de casa aos 24 pq eu não aguentava mais, a relação da família estava muito difícil, o modelo de ideias… E isso me desafiava, me instigava.
E o outro exemplo foi a minha mãe, que sempre foi uma pessoa muito idealista, muito conectada com uma coisa que ela ama: ela foi professora e teve uma hora que ela disse: não consigo mais, vou sair pq eu não acredito nesse modelo tradicional de ensino. e ela foi desenvolver uma metodologia dela de conectar uma série de coisas, de autoconhecimento, onde o aluno tinha que aprender a ter prazer em estudar. Então, ela começou a desenvolver um projeto que conectava pedagogia com psicologia,com isso, com aquilo, de forma autodidata. De um lado, eu tinha que fazer e combater e do outro lado, correr atrás do que vc queria, que me realizasse. Meu pai nunca foi feliz no trabalho, ele era um provedor, ele nunca se olhou, foi criado para prover e não para se autoconhecer. E, de repente, quando a família já não precisava mais, estava criada e tal, meu pai entrou numa crise de existência. Ele procurava controlar todo mundo em volta, pq enquanto eu olho para o outro, o outro não precisa olhar pra mim. Na hora que todo mundo estava tocando sua vida, minha mãe pediu uma separação depois de muitos anos de casada, ele falou: e agora, o que eu faço? duas pessoas fundamentais para a minha formação. Minha madrinha tb sempre foi muito importante pra mim, fazia o proibido… deixava comer doce, levava pra padaria e tal… Alguém para estragar um pouco…
Meus pais sempre tiveram uma posição de respeito em relação às minha decisões. Se vc acha isso e tal… Como meu pai nunca foi 100% realizado, acho que no final ele queria se realizar através da gente. Quando eu era jovem, ele tinha o lance de falar o que fazer sempre, mas isso mudou 10 anos depois… depois dessa ruptura. Se eu não tive alguém para sentar junto e analisar os prós e contras, eu tb não tive alguém que me ordenasse o que fazer. Faça o que vc fizer, estamos te apoiando, tive muita liberdade pra fazer e ousar.

Meu período sabático começou na primeira aula demonstrativa do DT, parece que saiu uma luz: cara, é isso que eu estava buscando! Pq foi uma busca de muitos anos… eu saí em janeiro de 2012 e caiu a ficha em janeiro, fevereiro de 2014. Eu já estava buscando DT, eu quase fiz em agosto do ano anterior, perdi a turma e acabei fazendo outra. Era cara tb, a Escola de DT custava 6 mil reais, hj está 9 mil… Começou ali e foi muito intenso, como se eu voltasse a ser um estudante, muito ávido a conhecer coisas, a realmente fazer, vamos a campo, eu mergulhei de cabeça e a entrega foi muito intensa, por isso pra mim não foi um curso, foi uma descoberta! Eu estava me desconstruindo, buscando e aberto para aprender, com horas em que tudo era muito legal, outras em que eram desconfortáveis e como lidar com isso… Como eu já vinha empreendendo há 2 anos, eu já vinha com uma bagagem de vivência. Eu senti que era ali, que eu tinha achado o que eu estava buscando. Foi um processo de uma intensidade absurda… Depois eu fiz um BD, ciência das redes, fiz um curso na Escola das redes com o… Franco. Eu fiz um curso com o Oswaldo de empreender que durou 9 meses. Eu já estava com a Empodere-se e estava fazendo curso. O sabático não parou para abrir a empresa. Eu parei a vida para fazer o sabático até junho de 2014, quando eu abri a Empodere-se. Mas de janeiro a junho, depois de uma carreira, eu virei um estudante sem grana. E eu vi que eu precisava me aprofundar nisso. Eu percebi que naquele momento a For Insight morria. Ainda tentei jogar o DT para a FI, mas percebi que não era o caminho. Que eu precisava vender o mindset, não a tecnologia.

A Desconstrução esteve sempre presente na minha vida. A princípio, era muito difícil, pq vc precisa lidar com a zona de desconforto, mas depois amplia horizonte, visão de mundo...

Sobre o mochilão, eu tinha 20 anos, muito novo, recém-formado, com o pensamento de que eu posso tudo o que eu quero… Comecei por Seatle e depois eu subi para o Canadá, fiz Vancouver, Wistler, fui fazer snowboard pela primeira vez… fiz mochilão até Calgary, no interior do Canadá e depois de um mês eu desci para estudar no Lews Clark Colege, uma universidade. Naquela época eu achava que eu era muito livre. A gente três egos: o adulto, que constata a realidade: está quente. O lado pai, que diz o que vc faz com isso, que decisão vc vai tomar e o ego criança, que é o que sente. Na criança, existe a criança que sente naturalmente, a rebelde e a submissa. A rebelde acha que ela é livre pq ela está fazendo oposto do que alguém disse que era pra ela fazer. Só que no final, ela não é livre, pq ela está esperando uma referência para fazer o oposto. É tão presa quanto a submissa.. o não planejar pra mim era tão importante pq era o oposto do meu pai, que planejava tudo. Depois de 1 mês eu percebi que era um ambiente cultural muito diferente… Parte da viagem bancada pelo meu pai, parte por mim. O namoro acabou e ela ia bancar parte… No fim eu estava com saudade daqui, me senti um pouco sozinho, triste… talvez essa liberdade extrema tb não seja tão legal.

Em 1 mês que eu fiquei lá eu aprendi a falar inglês com todas as gírias e tal… me desenvolvi muito rápido e voltei falando bem, ganhava todo mundo em 1, 2,3. E quando eu voltei eu percebi esse contexto de criar raízes, de estar entre pessoas que vc gosta.
Quando eu voltei tudo era muito fácil pra mim, pq eu passei muito perrengue por lá.

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Empodere-se

Com todo aquele processo do ano passado, da dificuldade da venda comercial no B2B e tal, eu concluí que a gente precisa trabalhar o digital. Como eu aciono meus potenciais clientes? Comecei a estudar mais essa questão do inbound mkt, aí conheci a RD Station, a agente fez uma série de apostas com agências digitais que falavam que entregavam o inbound com os nossos DTW ano passado e eu comecei a perceber que elas vendiam, mas não entregavam. Eu tive muita experimentação, mas eu sabia que eu tinha que buscar uma coisa nova, uma maneira de vender que não dependesse exclusivamente de mim, principalmente pelo mercado. Aí comecei a estudar a Plataforma de lançamento do Erico Rocha, Gabriel Goffi, que fala de high stakes, de performa, ele é interessante para falar de benchmarking, fala de empoderamento, mas por outro lado.
Um dos meus sócios, que não me abandonou lá no início, me indicou para uma pessoa em Florianópolis, para falar de DT. E eu fui na Qi Network, fomos lá conhecer, eles vieram aqui, fizemos um projeto juntos, estreitamos o relacionamento. Eles vendem soluções do Google B2B, tem 30 funcionários. Hj eles são considerados uma empresa premiere, que são as 4 maiores empresas que vende soluções do B2B do Google no Brasil, estão num estágio de maturidade maior e tal… E nós percebemos que o que eu vendia tinha muito valor pra ele pq eu trabalhava muito o lado humano. E quando eu trabalhava isso, eu precisava, naturalmente, de algumas soluções de tecnologia, para solucionar meus problemas. E a gente percebeu uma sinergia muito grande. E eu comecei a aprender muito sobre inbound com eles. Eles foram o 3 cliente da RD station, eles tinham um histórico e cresceram através do inbound. A gente trabalhava com a Conexorama, que é uma agência e tal… aí eu comecei a fortalecer o time de conteúdo, eu preciso fortalecer essa parte, só que eu preciso ter uma base para poder fazer meus investimentos. Vou achar um parceiro e fechei no começo do ano essa parceria, indicada por eles. Fechei com a RD, com a Contentustools, as redatoras… a ideia era começar a trabalhar conteúdos, blogs que a gente vai nutrindo… primeiro despertando o interesse desse público, que eram gestores de RH, entregando um pouquinho mais de informação, case até a gente gerar um desejo pela compra ou que seja para a participação do evento, que é onde vai entrar um pouquinho minha estratégia de inbound, que é começar a captar esses caras: vc não quer ir para um evento? Para um público que é de líderes, para consumir informação que é de alta relevância. Depois que a pessoa fez o DTW, eu convido para o Business, ou já converte direto. Eu aprendi muito o que é o inbound, a linha, o que é na prática, pq eu entendia o conceito, mas não sabia como aplicar. E as agências que falavam que iam aplicar, faziam uma landing page e não convertia. E aí a gente começou a fazer vários eventos junto com a Qi Networking e eu comecei a aprender: o evento é um ponto, eu entrei como palestrante no evento, aí começou a reforçar a minha autoridade, aí gerou contatos interessantes, a própria Tigre, que a gente está namorando, veio de um evento desses em Joinville. Fomos para vários lugares e eu percebi que eu precisava criar o evento da Empodere-se, que é o Summit. Essa parceria está super forte, bacana, ainda sem troca financeira, mas com muita troca de aprendizado e a amizade entre eu e eles é de confiança. Admiro-os demais como profissionais e como empresa e eles me admiram como profissional e pelo o que a Empodere-se faz como trabalho. A gente tem construído parcerias muito mais sólidas, perenes, eu acredito muito nisso. Harpia Captor - Rick, tem me ajudado muito, mentor meu nos últimos 8, 10 meses e tem me auxiliado muito na tomada de decisões mais estratégicas, falando bem de uma questão financeira, pragmática. E uma das coisas que a Conexorama sugeriu foi que eu tivesse um vídeo de 1 minuto, que traduza o que a Empodere-se faz.
A gente tem algumas premissas: gerar alta performance e inovação, fomentar a atitude empreendedora e fortalecer a empatia entre stakeholders. Eu falo muito hoje de promover uma construção de uma cultura de inovação dentro da companhia. Eu acho que isso é muito importante, é um desafio. E é nisso que a gente é bom! É nisso que a gente consegue gerar um impacto. Óbvio, quando eu estou falando de uma companhia de 10, 20 mil colaboradores, isso não é rápido, mas eu eu tenho clareza de como, exatamente, a gente pode fazer isso.
Metodologia - método ganha ganha - cada vez focar no nosso método e a gente fez isso e todos os programas viraram… ano passado eu fiz um rebranding, com o lançamento do Google como parceiro nosso, usando as ferramentas do Google na fase de prototipagem, eu fiz um rebranding e disse: não é mais a DTW, agora é Empower Weekend, desde a última edição. Porque eu precisava sair do DT, enquanto eu não saísse dessa linha, eu seria só mais um. Tem milhões, eu viro commodity e a maneira que a gente faz é muito diferente, não é só isso.
Mapeei a jornada de aprendizado, nasceu em junho de 2014, primeira turma, validou, começamos a levar para vários lugares…. Ver apresentação.

Trip - um programa que vai ser lançado junto com a Harpya, que é, basicamente, levar uma comitiva de líderes executivos para lugares de maior inovação no mundo…

Esse grupo, da 11ª turma do Empower Weekend, teve o desafio de repensar a longevidade.
Primeira coisa, a gente treina as pessoas para enxergar problemas, sob as perspectivas dos stakeholders daqueles ecossistemas, dos atores. Então, quando eu pego a longevidade, eu vou querer entender o tema sob a visão de todos os players: um idoso, um geriatra… e aí a gente começa a entrar no que a gente chama de teoria da complexidade, pensamento sistêmico. Eu começo a perceber que esse pensamento é muito mais complexo do que eu imaginava. No Empower Weekend nós lançamos os desafios, que são de impacto social, complexos, pq eles vão conseguir facilmente acessar os stakeholders no final de semana. Diferente de uma empresa, onde eu tenho que mapear previamente esse ecossistema e convidá-los, porque, não tiver ecossistema, não adianta ficar criando possibilidades, eu preciso constatar a realidade. São problemas reais, atuais e a gente lança como ponto de partida pra eles. Todo o nosso processo de inovação nasce de um problema. Se uma empresa fala que não tem problemas ou que o seu problema já está encaminhado, eu não sei o que estamos fazendo ali. A nossa premissa é que parta de um problema.
Em geral, as pessoas tendem a querer resolver o problema já: já tenho a solução, todo mundo já tem a sua opinião muito bem formada. Nós somos formados para ter opiniões. Dentro de uma estrutura piramidal, corporativa… quando vc entra em uma empresa, como estagiário, por exemplo, como assistente… vc olha para os lados e vc vê os seus pares, que tb são estagiários. Aí vc olha pra cima e vê que tem menos vagas. E mais pra cima, menos vagas ainda, vai afunilando. E vc, dentro daquele ambiente, precisa ter sua opinião formada, pq se vc não estiver por dentro, atualizado, alguém vai te engolir… Tem um pouco disso que a gente foi criado, e aí vem um pouco dos pais, da forma como a gente foi criado e do ecossistema social, traz muito isso de ter uma opinião formada sobre tudo. E como a gente fala dessa área social, que vem nesse mundo pós-internet, onde todo mundo é mídia, todo mundo tem acesso a tudo, muito rápido, eu desempoderei muito aqueles caras que eram os gurus intocáveis.
A gente tinha uma era que era a agrária, depois a industrial, quando a gente começou a produzir em massa, ganhar excelência na linha de montagem… e eu tinha muitas pessoas poucas pensantes, que só precisavam repetir - porque se pensar ela me atrapalha na linha de montagem - e eu tinha nessa era a grande maioria que era não pensante, estimulada a não pensar, não refletir. Alguém, uma pequena parcela, já pensou em como fazer aquela coisa daquela forma. Depois tivemos a era do conhecimento, onde vc tinha que estudar. A entrega do capital intelectual começa a ter uma força e aí vc começa a ter muito mais profissões, e nasce a importância do título. Eu sou graduado em tal, pendurava o certificado, tinha um título que praticamente resolvia a sua vida. Era garantia de sucesso, difícil de conseguir, mas se conseguisse, resolvia a vida. E neste momento vc trazia os melhores currículos para aquele board, para tomar uma boa decisão, para acertar, fazer a empresa crescer. Esse era o raciocínio. Com a era social, mesmo eu tendo esse board, essas pessoas muito bem informadas, se eu deixar pra eles decidirem, hj o risco é muito grande. O risco, mesmo com toda a informação deles, pq tudo é muito veloz, é enorme e eu não posso ter essa margem de erro. É o momento onde o líder fala: eu sei que eu não sei, mas então eu preciso aprender com o ecossistema. E aí o nosso modelo entra como uma resposta para isso. o conhecimento já existe no ecossistema, está em cada um dos players, só que eles não se conversam, não convivem, cada um fica isolado no seu silo por uma série de competições internas. Com os clientes e parceiros, menos ainda. Em geral, as pessoas ficam dentro das suas empresas, fazendo suas atividades ao ponto de relembrar uma linha de montagem, só que no computador. É um reflexo daquele momento, a gente está repetindo os padrões de trabalho da era industrial. Só que a gente está entregando capital intelectual. A empresa quer cercear e controlar o funcionário com a mesma ideia de que vc vai produzir uma peça no fim do dia. Aqui não tem facebook, não tem youtube, isso quer dizer que o funcionário vai produzir melhor? Não necessariamente. As gestões são sempre por controle e não por entender que a entrega é de capital intelectual e como eu faço com ele produza ao máximo, a sua potência? Mas é um cara que, possivelmente, nem sabe no que ele é bom e nem porque está ali, fazendo algo que, certamente, tb não é bom. Mas ele não pode se expor, dizer que não é bom, então ele…
Está acontecendo uma grande implosão, uma grande desconstrução. Temos exemplos de empresas que onde pode levar os pets, os home offices, um espaço mais descontraído e agradável, horários diferentes… Mas tudo isso ainda é a pontinha do iceberg, nós ainda estamos iniciando esse processo. Tem muita transformação pela frente: nômades digitais, um monte de coisas, pq eu preciso entender a proposta de valor do que a gente faz. Na hora que eu entendo o que eu entrego, meu negócio existe para isso… será que as pessoas não podem trabalhar em outros lugares? Ou eu preciso contratar equipes daqui para fazer reuniões presenciais? Eu acho que não precisa, se funciona dessa forma. além disso, eu consigo um custo menor, o custo de vida de um local para outro é diferente, começa a olhar a proposta de valor desse colaborador. Eu acredito que muitas transformações estão acontecendo. Não existe uma fórmula, existe um pacto que esse ecossistema vai fazer, entendendo o cenário do seu segmento, por exemplo: eu trabalho com atendimento ao público. Vc vai ter que ter um horário para abrir, um horário para fechar.. tem que haver uma cocriação dessas regras sustentáveis e a gente vai ter que aprimorar isso constantemente, porque vão teer situações novas que a gente não tinha pensado anteriormente, até que a gente chega, depois de um tempo, e vê que temos uma boa prática. Só que, de novo, está tudo em transformação. Eu não acredito mais num modelo pronto, a gente vai sempre que estar aberto e flexibilizando, e entendendo uma situação real e dela, parametrizando e gerando uma transformação em termos de conduta para a organização. E as empresas que não entenderem essa constante transformação irão morrer! Não importa o tamanho delas, como exemplo temos a Kodak, a própria Nokia, Motorolla. Muitas empresas vão sucumbir, pq uma empresa é feita de pessoas. A própria Saint Gobain, o presidente viaja para o Vale do silício e percebe que eles tem que trazer esse mindset para cá. Como trazer? Aí entram as oportunidades para nós da Empodere-se. A gente consegue ajudar nesse processo de como fazer isso. Eles não sabem como fazer, mas entendem que não pode mais ser daquele jeito que era feito, não dá para usar a mesma cartilha como foi porque as transformações estão aí. As startups estão vindo com tudo, e porque ela tem tanta força? Porque elas são muito líquidas, elas se moldam muito rápido. O risco delas é muito grande. Ou realmente as áreas trabalham em conjunto e aprendem com os clientes - elas já estão olhando uma dor ? do cliente muito específica, eu não tenho como sobreviver se eu não acertar muito rápido. Tenho pouco tempo, diferente de uma organização, que tem o tempo deles, processos, burocracias. E eu sei que uma empresa de 30 mil funcionários não vai ter a mesma agilidade de uma empresa de 5, mas a gente precisa desconstruir e repensar essa burocracia pela causa, para eu conseguir ser mais produtivo e ágil, mesmo dentro de uma grande corporação.
A maneira de conseguir isso não é, necessariamente, treinando os colaboradores, eu acho que isso entra como uma forma. A minha conversa com o líder envolve Kpi, metas: crescer share, aumentar o índice de satisfação da minha área, aumentar produtividade na linha de montagem etc. Aquele líder tem uma meta a entregar. eu, partindo dessa meta, eu construo toda a minha linha de raciocínio. Normalmente, a meta é consequência, qual é a raiz, a proposta de valor? Onde começa a essência das ações que a gente vai construir para vc atingir essa marca? Então, a gente entende a proposta de valor do negócio dele, já é um exercício, porque nem sempre eles estão olhando pra isso, e daí a gente descobre quem participa deste desafio, para resolver esse problema pela raiz? É meu cliente, o ti, o marketing, o estagiário, a linha de montagem. Não adianta falar apenas com a liderança, acho que aí que está o grande barato da coisa: a aproximação da cadeia pelo problema. O meu problema é o que guia tudo. Com isso a gente faz uma imersão, nascem soluções extremamente interessantes e possíveis de serem implementadas, a gente refina essas soluções que nós trouxemos do ecossistema, escolhemos uma para começar impactando. Quando a gente começa, eu brinco que uma mudança de cultura é que nem um pingo d’água: ele pinga pequeno, mas pinga fundo e depois, em ondas, ele vai abrindo e contagiando positivamente o resto. Na hora que eu tenho um kpi, um líder que compra o projeto, a cadeia constrói essa solução, a gente desenha uma matriz de 2x2 que chama: impacto x complexidade. Eu quero começar pelo projeto de maior impacto e menor complexidade, pela percepção da liderança, de valor. E a gente vai provocando com perguntas: esse aqui tem muito mais impacto. Mas o que é impacto? É a relevância do projeto para resolver a sua dor. Vc enxerga que esse projeto vai atingir o objetivo dele se a gente levá-lo a diante? Não tenho certeza… então não vamos colocar esse esforço agora… para resolver as cópias da xerox, por exemplo, mas não foi tão relevante. Gastamos muito tempo para isso. Aí passamos a ser caros e não geramos saving. Definindo a matriz de um impacto x complexidade, a gente cria um comitê de inovação multidisciplinar, que participou da imersão. Aí eu já tenho um teor de engajamento altíssimo daquela equipe, porque, eu brinco, o filho é deles, eles criaram, e isso reflete no engajamento. A construção foi totalmente bottom up e aí eu vou acelerar esse processo onde eles vão ter as tarefas muito claras, o que eles tem que fazer, e a gente vai dando todo o suporte. É fundamental eles se sentirem suportados, pq falar: agora vc vai tocar o projeto, mas cada um tem as suas metas, como, como que faz? Tem mil medos, dúvidas, obstáculos. Tem obstáculos reais e psicológicos. Na hora que ele se sente suportado ele começa a perceber que dá para fazer assim, faz, experimenta, corrige, e vai implementando aos poucos isso e depois de 3, 4 meses eles começam a performar. Não só no projeto, mas levam este mindset para tudo, para outros projetos. E aí, esse cara começa a se destacar naturalmente, e aí o vizinho dele, que não está participando do comitê fala: também quero participar, como é? Estou vendo o cara super animado, ele está crescendo… não foi pelo âmbito do jogo, ele está realmente motivado, fazendo coisas. Então, esse outro carinha bate no RH e fala: eu tb quero participar disso e tal… Vai ter uma outra turma, seu nome já está na lista e tal… E o líder a mesma coisa: o líder vizinho começa a ver que ele está batendo as metas, mas o mercado está difícil… o que está acontecendo alí? Tem alguma magia? E então um líder indica para o outro e a gente começa a criar um círculo virtuoso dentro da companhia. Eu pesco a atenção exatamente no ponto que é de interesse deles, eu não vou pescar pelo lado da mudança de cultura… A mudança de comportamento e a performance acabam vindo naturalmente na jornada.

Existe agora um trabalho nosso de formação de marca, de awareness nosso, para as pessoas entenderem qual é a proposta da Empodere-se, qual a nossa proposta de valor. Por isso esse trabalho contempla refazer o site, inbound, nutrição, evento… tem uma superjornada nossa onde a gente vai mostrar para o mercado as boas práticas e uma coisa vai puxando a outra. Mas eu vejo que os líderes tem uma posição hj, de maneira geral, eu sinto uma abertura dos líderes, pq eles estão percebendo que tudo está mudando muito rápido, e eles querem prosperar. Então, eles já reconhecem que não sabem e entendem que isso não faz deles líderes ruins, ao contrário, é reconhecer que precisa melhorar. Mas nem todos são assim… O que eu quero despertar? Na hora que eu gero conteúdos, eventos, sobre isso… quem eu vou despertar? o líder mais aberto. Eu sempre começo pelo líder que tem mais abertura para inovação. Quando este primeiro faz, ele influencia o segundo, pq ele fez e gerou resultado! Desperta o desejo dos outros em atingir as mesmas marcas. E aí a gente começa a ganhar relevância dos mais céticos tb, dos mais tradicionais. Um dos grandes diferenciais da Empodere-se, na minha visão, é que primeiro: não vejo outras empresas entregando resultado, inovação. Porque a maneira deles trabalhar, no geral, é com jornadas muito longas, consultiva multidisciplinar, onde meu problema é esse: vc é meu cliente, vc passa seu problema, a minha equipe multidisciplinar vai fazer todo o processo. Vai pesquisar, vai no seu cliente, vai extrair as informações, vai mapear e processar essas informações, vai criar sites, protótipos, validar as soluções… eu tenho um tempo muito maior e um ruído muito maior, eu tenho a chance de não conseguir acessar todo mundo, enfim… até pq, as pessoas, quando começam a dar informação, já ficam desconfiadas: o que essa consultoria está fazendo? Esse cara pode tirar o meu emprego. Se eu começar a falar de todos os problemas, será que eu não vou me queimar? Tem muitos mais riscos no processo e como o tempo é muito longo, a consultoria não sabe o que vai nascer, ela não tem essa noção. Para ela se comprometer com um resultado muito específico, de repente, não está tão na mão dela. O que eu percebo, de maneira geral, é que não existe uma conexão, eles vendem mais o método do DT, vou treinar a equipe, vou usar o método, que é diferente, atrativo, está na moda, mas eu não sei muito como conectar isso com os seus kpi’s (Key Performance Indicator). Eu até gerou uma solução legal, mas demora, resolvi até, mas sua equipe não tem noção de como usar isso, pq foi a minha equipe consultiva que fez, esse é o papel da consultoria na verdade, são os meus consultores que dão as respostas, investigam e responde. E aí não tem o envolvimento, o treinamento, a interiorização do mindset. Quando surgir um problema, a equipe não vai saber identificar, muito menos resolver, aí: liga pra consultoria! Essa é a diferença entre dar o peixe e ensinar a pescar.
Eu entendo que o formato da Empodere-se é de consultoria, até porque nós competimos com outras consultorias. Mas eu não gosto de classificá-la de tal forma, pq temos um modelo de inovação. A nossa essência é ser uma geradora de cultura de inovação dentro da companhia. E hoje, não existem outras que façam isso. Porque a nossa maneira é única. A nossa proposta de valor cai como uma luva para as outras pessoas, mas eles vão ter que nos comparar com outras consultorias e, na hora de comparar, vêem que a gente tem entregas mais interessantes, mais relevantes, e acabam fechando com a gente. Dá para entender como a Empodere-se é hj, porque ela nasceu como consultoria, nascemos como treinamento, empoderamento, e aí a gente foi trazendo para o corporativo, pela minha experiência corporativa, fomos conectando uma coisa com a outra. Mesmo nas consultorias, normalmente, não são mais os executivos corporativos, são caras que conhecem o método, são pessoas mais descoladas, até… e que tem uma empatia em relação às cobranças do corporativo, kpi e curto prazo e tal… aí tem um posicionamento nosso bastante legítimo e diferente na maneira de entrega e percepção, e de vínculos que a gente cria com os nossos clientes.
Esse ecossistema entender a problemática, olhando que a velocidade do mundo também está impactando a configuração familiar. Aqueles encontros dominicais estão se espaçando ou deixando de acontecer. E estão gerando uma série de consequências: inutilidade, desocupação e sem geração de renda. O que esse grupo percebeu? que tinha um elemento atemporal que pudesse conectar as gerações.: a comida. então, suas avós vão voltar a cozinhar como? Já que a família não vai visitá-la, vamos gerar um convite da sociedade… e pagando por isso, melhor ainda. Vc paga um valor e vai na casa da dona Fulana, ou ela vai na sua, dependendo do número de pessoas, e vc gera de novo uma interação. Não só ela cozinha, como senta para comer junto, o que resgata essa coisa de… quantas pessoas não gostariam de ter a avó, que perderam e tal… e gostariam de trocar essa experiência. Então, trabalha afetividade, inclusão, geração de renda e para o usuário, uma experiência muito barata, se comparada a um restaurante, mas muito intimista, gostosa. Ganha ganha.

Na mobilidade urbana: o grupo foi investigar stakeholders, aprofundou o mundo das bikes, que é um hábito do paulistano. Mas tinha um problema que as pessoas não usavam mais a bike porque iam chegar suadas no trabalho. A solução foi convidar as academias para esse projeto e criaram o Mobike. Nova receita recorrente para a academia, possibilidade das academias interagirem todos os dias com esse cliente, bom para a empresa: ganha selo de bike friendly, sustentável, aproxima a geração millenium, gptw. ? E, dependendo da negociação com a academia, pagar menos do que o VT. E bom para o usuário, que foi de onde partiu o nosso projeto. Ganha ganha de novo, tem que terminar em alguma coisa que gere o ganha ganha. a primeira ideia era convencer as empresas a construir vestiários, mas não tinha a menor condição… Esse grupo quase desistiu, ele chegou nesse resultado apenas no finalzinho… E acho que aí é que está o barato: vai e volta, tem sofrimento, tem zonas de desconforto no meio… Eu tenho uma facilidade muito grande de conduzir pessoas a uma zona de desconforto, porque eu já passei por isso muitas vezes. Essa é diferença da Empodere-se, pq eu tive uma jornada pessoal que se traduziu na entrega dos resultados. Eu sinto uma alegria enorme, um orgulho, quando eu vejo que o grupo conseguiu… um alinhamento muito grande com o propósito de vida.
Hoje, o que eu procuro fazer é não pensar em nenhum momento a resposta. Eu proponho o desafio, mas não tenho a resposta pronta. O objetivo é instigar o grupo, com perguntas...eu provoco, pq a resposta está neles. Meu papel, como facilitador de inovação, é fomentar para que eles mesmos consigam chegar nas soluções. E que amanhã eles estejam aptos a interiorizar esse mindset e aplicar isso sozinhos.
Existe uma coisa chamada CT - Coeficiente de tesão. Não adianta chegar na empresa e apenas mapear as áreas, os departamentos. Eu preciso saber quem é a pessoa que eu vou chamar e vai estar animado para vir, vai estar aberto ao processo. Pq, se a pessoa chegar cheia de certeza, de achar que já sabe como é e tal… e ficar se defendendo, o processo não engrena. Então, eu preciso, nessa modelagem de programa, as pessoas certas. Não apenas o racional, mas tb o comportamental. Senão, eu dou um tiro no pé e o programa não vai funcionar.
Nós já tivemos um caso, com um cliente nosso, presidente, que tinha uma super bagagem, inteligente e tal, mas com um  modelo de gestão bastante autoritário, vaidoso e tal… E esse cara foi um dos primeiros cases nosso e ele participou, em um dos grupos. Hj eu não permito, e eu trago a argumentação para isso: nós colocamos essa pessoa como jurado, pq o ponto de vista dela é extremamente relevante, ele é o presidente. Mas o perfil dele não é de colaboração, de abertura, ele tem muito forte a cultura da hierarquia, ele vai travar o processo. Porque ele sempre vai estar meio que mandando no grupo, o grupo preocupado com o que ele vai achar, se está tudo bem… e não é isso. Eu preciso criar alguma coisa para o ecossistema. E óbvio que, uma das validações, vai passar pelo presidente. O ponto de vista dele é muito importante, mas a construção do processo não é recomendado. Eu tenho muito cuidado em como falar tudo isso, para não ferir, ofender e tal… eu não estou a empresa, eu não quero mudar a forma dele conduzir, o meu propósito não é esse. A Empodere-se quer gerar uma mudança de cultura na empresa, se vc acredita que isso é importante, e achar a maneira mais fluída e rápida de fazer isso. Eu acredito que, quando o líder compra a ideia da Empodere-se, é isso que ele quer: operar no ganha ganha. Só que eu, entendendo uma característica que é da pessoa e ela desenvolvendo isso por uma história que ela viveu, eu coloca-a em outra posição, onde ele traz todo o background dele, se sente prestigiado e a gente gera um grupo engajado. Na hora que a pessoa vê o grupo trabalhando unido, trazendo uma solução e ele vai participar disso de alguma maneira. Sempre vai aparecer alguma resposta ao problema. Pq é um problema legítimo, o ecossistema reconhece essa legitimidade e eles vão aprender a trabalhar em cima dele. Vai ter momentos de zonas de desconforto, mas também de diversão. Como estamos falando de inovação e criação, eu preciso fazer um local de criação, se tudo for muito quadrado, as coisas não vão acontecer. mas, por outro lado, também é um local de tangibilização, de convergir. É por isso que tem horários, tenho um guardião do tempo, cada fase tem seu tempo determinado.
E depois que termina a gente percebe o quanto criou, o quanto se desenvolveu em um espaço de tempo tão pequeno! A gente se vê como capaz é muito bom, ainda mais tendo o reconhecimento do seu superior, que está vendo que vc trabalhou e se esforçou para conseguir um resultado para a empresa.
Nós estamos inseridos num processo evolutivo, mas caótico: o caos leva à evolução, o incômodo leva à evolução. Nós, às vezes temos um olhar limitado do mundo, de quando a gente nasceu, o mundo através da nossa perspectiva. Tem um livro que chama Tudo é óbvio, desde que vc saiba a resposta. O senso comum é comum apenas a duas pessoas que convivem em ambientes similares. Eu sempre falo nas palestras: tem um botão na sua frente e vc vai apertar esse botão. Vamos voltar a 100 anos no tempo, neste exato lugar. Vai ser um choque, eu estou com a minha cabeça de hoje, só eu estou há 100 anos, como seria lidar com isso? Tudo é diferente, vou ter até uma dificuldade em me comunicar, hábitos de vestir, comida, tudo… Ao invés de falar de passado e futuro, vamos falar de regiões: eu saio daqui e caí no interior da China, uma cidade bem pacata: como são os hábitos, o clima, as vestimentas, alimentação, cultura, valores, maneira de fazer negócios. O que acontece com a gente, normalmente, é a gente fica na nossa zona de conforto, na nossa tribo, nas nossas siglas, num nível social relativamente parecido… E eu vou até aí, até essas barreiras, eu tenho certeza de tudo. No instinto dessa pessoa, ela tem medo. O medo existe para: garantir a perpetuação da espécie, só que, por uma série de motivos, o medo está muito acima do saudável e paralisa as pessoas.
Aí eu conto um caso de um goleiro inglês, 33 anos de carreira e nunca tomou um gol. Está até no Guiness Book. Mas ele nunca entrou em campo, sempre foi banco. E o quanto que nós não somos estimulados a ser esse goleiro, a nunca entrar em campo. De novo a gente conecta com a Empodere-se, que tem um embasamento técnico, mas tb essa essência do desconforto, de aprender, de enfrentar o medo, de fazer… e vai doer, pq eu vou pisar em lugares que eu não conheço muito bem. Eu tomei o gol, mas eu vou ter experiência pra contar: eu vou entender onde eu errei e vou poder corrigir e melhorando.
E tem um momento muito clássico do ano, que é a virada, onde a gente faz um balanço geral. E aí vc para e pensa, o que aconteceu de legal nesse último ano? Em geral, as pessoas que estão com o piloto automático da vida sempre ligado, vêem que aquele ano voou e ela não fizeram nada. Qual foi o meu legado, a minha história:
Filmes: Click e Bullet List - conta um pouco desse último filme - pode ir para o site.
É certo que haverão dias lindos, de calmaria, ou tempestuosos, perigosos… mas para onde a ponta do seu barco está virada? Vc, como capitão desse barco, tem apontar o barco para alguma direção. Só que a gente não foi estimulado a ter autoconhecimento, a pensar nesse âmbito maior. No geral, quem conclui tudo isso são pessoas mais sábias, que já vivenciaram muitos verões e que tem condição de falar: nossa, eu gostaria de ter feito diferente, ou nossa, eu gostaria de ter vivenciado os pequenos prazeres da vida.
A busca pelo autoconhecimento é recente, de uma maneira mais geral, e não é para todos, não são todos que um nível de autoconhecimento legal: que valores eu quero passar? Minhas atitudes condizem com as minhas convicções? E isso vale tanto de um pai para o filho, quanto de um gestor para o funcionário… a gente percebe uma série de desalinhamento nessa inteligência emocional, nesse processo de autoconhecimento, onde eu repito padrões. Eu acredito muito nessa repetição de padrões dos antepassados, onde eu acumulo os medos, já que fomos educados dessa forma. Mas tudo é um ponto de vista, eu posso optar em olhar isso de fora, entender algumas coisas e fazer diferente. eu quero experimentar, mesmo sem saber dos resultados, quebrando essa repetição de padrões ao longo das gerações.
Eu não podia me mostrar um cara fraco, a gente está sempre competindo e alguém vai me tirar do jogo. E de repente eu começo olhar que dá pra eu ser humano e ele vai me ajudar e a gente troca, e eu ajudo vc num outro momento. E de repente, o que acontece com essas pessoas? Estão mais felizes, mais produtivas, as lideranças estão mais felizes, os resultados vão aparecer, os acionistas estão mais felizes, o cliente tb… ganha ganha! E eu vejo esse tabuleiro de cima, quando eu vou resolver um problema, eu vejo como peças de xadrez.
Nós vamos começar a formar parcerias com empresas de tecnologia, porque na hora de prototipar, de dar vida a esse projeto, como eu estou falando de um projeto de comunicação, tem mil ferramentas que podem melhorar a minha comunicação. Eu subo esses balões e falo: grupo, existem essas possibilidades. Isso pode agregar de alguma maneira? Vamos conectar isso, com aquilo… e as empresas de tecnologia passam a vender soluções, que é o que elas tanto desejam hoje, e não vendem caixinhas. Eu fiz uma venda onde o ecossistema construiu o produto, e o cliente viu que tem um valor interessante.
Independente do segmento da empresa, da nacionalidade, se ela tem x filiais, são pessoas, no final o acionista quer o resultado dele, cada negócio tem propostas de valor diferentes, mas… eu preciso entender a proposta, a cadeia, tirar um raio-x das potências dessas pessoas (descobrir qual é a paixão de cada pessoa).

Parte de opinião pessoal, sobre crescimento pessoa, mudanças nas gerações e tal… Não sei se entra.

Eu acredito que, independente da situação, a maneira de resolver o problema é sempre a mesma: identificar o problema, entender quem são, trabalhar a colaboração, empoderar os caras, admitir que todos os pontos de vista são importantes, quebrar a hierarquia, quebrar o medo. Na hora que a gente faz isso…
Na hora de um grande desastre, a colaboração é muito presente. Nós somos como moléculas, vivendo numa bolha e dando choque. Na hora que a gente ganha um choque maior, como o meu, na vida pessoal, uma catástrofe… ela provoca isso num grupo de pessoas muito maior e daí promove isso da colaboração.
Eu tive uma perda grande no começo do ano. Meu pai morreu no dia 27 de janeiro e eu me separei no dia 23 de fevereiro, foi um ano muito difícil, trazendo mais zonas de desconforto. E eu acho que tem uma coisa que vem de tudo o que vc já passou… Eu preciso me fortalecer sob todos os âmbitos… buscar um conforto, explicações… cuidar do seu físico, da alimentação, do mental. O trabalho é uma batalha constante, mas me realiza.

Essa parte está muito pessoal, das coisas da vida dele… não sei exatamente como lidar…

É importante admitir que vc não tem as respostas para tudo. Eu continuo buscando, aprendendo, buscando fazer um piloto para aprender, tendo gente muito competente próxima, mostrando sempre a proposta de valor do nosso negócio para as pessoas envolvidas, entendendo que aquilo pode dar um fit...
Hj eu uso uma série de filtros, pra gente montar uma equipe coerente, cada um com a sua habilidade, que é fundamental para aquele papel, mas que a gente consiga realmente ser uma orquestra e até o momento em que a gente consiga ter mais investimentos, pq a gente tem um objetivo como companhia, como visão de futuro, de investir em tecnologia, de jogar o que a gente faz muito bem… a proposta de valor é a mesma, mas a forma como o cliente conviver com esse modelo mental, eu enxergo um planejamento muito forte.

Business - sentamos com a liderança, definimos o desafio, a proposta de valor, mapeia a cadeia que participa desse desafio, convida para uma imersão, essa imersão é feita, quase como na Empower Weekend, mas com o desafio da companhia e do ecossistema, vão nascer projetos, selecionamos pela matriz 2x2: impacto x complexidade, escolhe o projeto que vamos acelerar, o comitê de inovação que vamos montar, multidisciplinar, que esteve conosco na imersão e constrói uma agenda de aceleração e suporte, alguns virtuais, alguns presenciais.

cases - Impressão 3D

Case - Fenapro

Investimento fracionado

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